quadrilha praticante de crimes com criptoativos

Na manhã desta quinta-feira, uma ação da polícia federal deteve uma quadrilha praticante de crimes com criptoativos. A ação ocorreu em diferentes estados no norte do Brasil, a partir de um extenso trabalho de investigação. Estima-se que os criminosos movimentaram mais de 4,1 bilhões de reais, tanto com ativos digitais quanto com lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Como foi a ação contra a quadrilha praticante de crimes com criptoativos?

A quadrilha tinha como principal golpe um esquema de pirâmide envolvendo ativos digitais. Eles haviam instituído falsas empresas de investimento, que prometiam aos clientes grandes rendimentos. Mas elas não tinham representação no Brasil, e estavam sediadas em um paraíso fiscal do Caribe. Assim, os criminosos usavam estruturas de lá para desviar dinheiro das vítimas em um movimento complexo e sofisticado.

Após observar atentamente o modus operandi da quadrilha, a PF deflagrou 12 mandatos de busca e apreensão. As autoridades detiveram suspeitos em diferentes cidades e estados. São eles João Pessoa (PB), Recife (PE), Natal (RN), Caruaru (PE) e Cabo de Santo Agostinho (PE).

Nesses locais, a polícia apreendeu documentos, dispositivos eletrônicos e ativos financeiros que comprovam os crimes. As autoridades ainda não deram mais detalhes sobre os envolvidos e detidos, pois a investigação continua em andamento. Nesse sentido, é possível que a quadrilha também tenha executado crimes fora do território brasileiro.

Mais detalhes do fato

A desarticulação da quadrilha praticante de crimes com criptoativos ocorreu na operação O Holandês Voador. Seu nome faz alusão a lenda de um navio condenado a vagar para sempre sem parar. Ele foi escolhido devido ao modus operandi da quadrilha, que não tinha uma estrutura fixa para operar, o que facilitava sua prática de crimes.

A partir do trabalho da PF, os policiais sequestraram cerca de 500 milhões de reais da quadrilha. O montante tinha sido subtraído de várias vítimas e seria usado para continuar as atividades criminosas. Agora, a prioridade das autoridades é contatar as vítimas do golpe e proporcionar o ressarcimento delas. Mas isso ocorrerá de forma anônima para não atrapalhar as investigações.

Este é mais um crime recente envolvendo criptomoedas no Brasil. Ele acontece em um momento em que a regulação do criptomercado é uma pauta prioritária no país. Para as autoridades é um exemplo que ilustra a necessidade de regulamentar e fiscalizar esse segmento. Afinal de contas, sua popularidade é cada vez maior, o que também traz riscos aos investidores.

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