Para proteger suas reservas de criptomoedas, o Brasil faz retirada estratégica de fundos. Na última sexta-feira o país tirou de circulação o equivalente a 2,9 milhões de dólares e seguiu uma tendência global cada vez maior. Semana passada, o equivalente a 508 milhões de dólares em ativos digitais de diferentes países saiu de circulação, conforme relatório da Coinshare.
Por que o Brasil faz retirada estratégica de fundos?
A resposta para esta pergunta está nas ações do atual governo de Donald Trump. Apesar de ser simpático ao criptomercado, o presidente dos EUA tem adotado uma política econômica que é essencialmente protecionista. Como resultado, ele já impôs pesadas tarifas contra produtos de outros países, incluindo parceiros comerciais.
Um dos efeitos imediatos dessa ação é uma reação em cadeia de inflação sobre a importação de diferentes produtos a nível global. Além disso, outro efeito imediato das tarifas de Trump diz respeito a um choque no mercado como um todo, tanto o tradicional quanto o de cripto.
Assim sendo, o Brasil está seguindo a tendência global de proteção de seus ativos digitais. E apesar do país latino-americano ter feito este movimento apenas recentemente, o governo de outros locais já estão retirando criptomoedas de circulação.
Outros países que estão em busca de proteger seus ativos
Enquanto o Brasil faz retirada estratégica de pouco menos de 3 milhões de dólares, outros países tiraram de circulação valores ainda maiores. Inclusive o próprio EUA, que recolheu o equivalente a 560 milhões de dólares em criptomoedas na última semana.
Além dele, Hong Kong retirou a mesma quantia de criptoativos que o Brasil, ficando na casa dos 2,9 milhões de dólares. E o Canadá também seguiu essa tendência, retirando de circulação 2 milhões de dólares, seguido de vários outros países que tiraram quantias menores. Mas a retirada dessas grandes quantias de cripto ocorreram apenas nessa semana.
Se somarmos os 508 milhões de dólares retirados de circulação semana passada com o valor da semana retrasa, ele ultrapassa 924 milhões de dólares. Ou seja, a incerteza econômica global, advinda em grande parte das ações de Trumo, chegou ao criptomercado.
Por fim, vale lembrar também que o preço do Bitcoin tem sido afetado por suas ações. Junto com fatores como o recente ataque hacker na Bybit, as tarifas do presidente dos EUA sobre produtos estrangeiros têm empurrado o valor da criptomoeda para baixo. E, infelizmente, esta é uma tendência que também deve afetar outros criptoativos em breve.