Recentemente, uma pesquisa feito pelo instituto Bitso mostrou que os brasileiros preferem comprar stablecoins a Bitcoin. De acordo com seus dados, tokens como o USDC e o USDT tiveram um maior volume de aquisição do que o principal ativo digital do criptomercado. Tendência revela o perfil do investidor brasileiro, diversificado e focado na segurança.
Por que brasileiros preferem comprar stablecoins?
O relatório da Bitso, plataforma de finanças baseadas em criptomoedas referência na América Latina aponta motivos diferentes para isso. De acordo com seu estudo, os investidores do país mostram um perfil mais experiente, com preferência a um portfólio diversificado.
Dessa forma, a grande maioria deles buscam opções que ofereçam mais previsibilidade e segurança, como é o caso das stablecoins. Neste sentido, destaque para tokens como o USCD e o USDT, que representaram 26% das compras de ativos digitais do país em 2024. O Bitcoin vem logo em seguida, com 22%, seguido de outros tokens diversos.
Ao analisar as carteiras dos investidores brasileiros, a Bitso também constatou outra tendência interessante. No último ano, o Bitcoin teve uma redução de presença de 13 pontos percentuais dentro do portfólio dos investidores. No lugar dele, outros tokens, inclusive memecoins, acabaram por ganhar mais espaço.
Mais aspectos de destaque do estudo da Bitso
Os dados da corretora foram apresentados semana passada como parte da terceira edição do relatório “Panorama Cripto na América Latina”. E além da tendência de investimentos de brasileiros que preferem comprar stablecoins, o estudo também mostrou um aumento entre os compradores de cripto.
O crescimento anual de investidores do criptomercado foi de 31%, o que coloca o Brasil no grupo dos 20 países líderes em adoção de criptomoedas. E isso fortalece ainda mais o papel da América nesse processo. Afinal de contas, na mesma lista também estão presentes Argentina e México.
Um dos principais motivos para isso, de acordo com a Bitso, é o avanço das discussões sobre a regulação de criptomoedas no Brasil. Seu estudo mostra que isso aumenta significativamente o nível de confiança de investidores. Neste sentido, a maioria dos novos compradores de ativos digitais tem entre 25 e 34 anos, e muitos deles tem atuado na prática de trading. Com essas informações em mente, o estudo que mostra que brasileiros preferem comprar stablecoins revelam o momento em que o país está. Esta é uma fase de crescimento de ativos de forma diversificada. E certamente isso terá um impacto significativo para o criptomercado do país já no curto prazo.