Cogitada anteriormente, a ideia de criar uma criptomoeda para negociação entre os Brics voltou à tona. Atualmente, o Brasil está na presidência rotativa do bloco de países que também conta com Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia. Assim, a ideia é usar ativos digitais para transações entre eles.
Sobre a proposta da criptomoeda para negociação entre os Brics
Este tema voltou a ganhar destaque em meio a distribuição de tarifas de importação que o presidente Donald Trump está distribuindo para países como Canadá, México e China. Assim, a ideia é criar um blockchain com um ecossistema de funcionamento entre os membros do Brics.
Dentro dele, a circulação de uma criptomoeda para negociação entre os Brics poderia diminuir os cursos com transações entre eles. Ao mesmo tempo, a ideia é não desdolarizar a economia, algo que presidente dos EUA tem se mostrado totalmente contra.
A ideia de uma criptomoeda para os Brics havia sido descartada recentemente. Em fevereiro, o embaixador brasileiro dos Brasil no bloco, Maurício Lyrio, falou a respeito. Ele afirmou que não havia intenção de criar um uma moeda digital comum entre os Brics. Mas parece que, diante dos novos capítulos do conflito comercial entre EUA e outros países, ela voltou a ganhar força.
Grandes desafios para sua implementação
Sem dúvidas, a implementação de uma criptomoeda para negociação entre os Brics poderia trazer vantagens. Nesse sentido, destaque para maior eficiência em transações internacionais, instantaneidade de operações e resolução de problemas. Por outro lado, implementar esse plano de forma prática traz vários desafios.
O mais evidente deles é a resistência do presidente Trump. Mesmo se tratando de um ativo digital, isso também pode trazer ameaças para a hegemonia do dólar. Assim, seria preciso que os Brics utilizassem de grande diplomacia para conduzir a situação.
Mas além disso, também há outros problemas. Nesse sentido, está a criação de uma rede integrada de sistemas para a circulação de moeda única entre os Brics. Isso porque, tal medida gera temores sobre a soberania, governança e independência econômica dos países do bloco. Ou seja, seria preciso comprovar que nenhum desses aspectos fossem afetados.
Seja como for, as discussões sobre criar uma criptomoeda para negociação entre os Brics devem ganhar força nos próximos meses. O Brasil ocupa a presidência rotativa do bloco até o final de 2025. E conforme declarações do presidente Lula, esta vai ser uma prioridade de sua gestão.