Um grupo de brasileiros está envolvido em um dos avanços mais significativos das criptomoedas nos últimos anos: a integração de novos ativos dentro da rede Bitcoin. Mas o que isso significa na prática? Como isso pode afetar o PIX?
Bitcoin: uma plataforma bilionária além da moeda
O Bitcoin não é apenas um ativo digital; ele também pode ser visto como uma infraestrutura para construir aplicações descentralizadas. Um dos principais exemplos disso é a Lightning Network, uma camada de pagamentos que permite transações rápidas e baratas com Bitcoin.
O problema? Até agora, a Lightning Network só suporta pagamentos em BTC. Isso limita a adoção por parte de comércios e serviços que preferem transacionar em moedas fiduciárias, como reais, dólares e euros.
Para resolver essa questão, a Tether Inc. — empresa responsável pela stablecoin USDT, que possui mais de US$ 140 bilhões em valor de mercado — está desenvolvendo soluções para integrar outras moedas à rede de pagamentos do Bitcoin.
Brasileiros no centro dessa revolução
O projeto, que já vem sendo testado há pelo menos dois anos pela Tether, conta com a participação de brasileiros experientes no mercado cripto, incluindo ex-funcionários de corretoras do país. Não revelaremos seus nomes para evitar perseguições pelo governo.
Recentemente, a Tether anunciou uma parceria com a Lightning Labs, empresa responsável pelo desenvolvimento da Lightning Network. Essa colaboração promete acelerar a implementação de novas funcionalidades, tornando possível o envio de pagamentos instantâneos em diferentes moedas dentro da rede Bitcoin.
A morte do PIX? Ou o início de uma competição?
Com essa inovação, seria possível realizar transações em reais (BRL) e dólares (USD) gastando apenas frações de centavos em taxas.
Diferente do PIX, que é controlado pelo Banco Central e monitorado por instituições governamentais, essa alternativa baseada no Bitcoin poderia oferecer maior privacidade e liberdade financeira para os usuários.
Mas, ao contrário do que muitos podem pensar, essa não seria exatamente a “morte” do PIX — e sim o início de uma competição saudável entre um sistema centralizado e uma alternativa descentralizada desenvolvida pela iniciativa privada.
Enquanto esse grupo de brasileiros avança no desenvolvimento dessa solução, outras inovações surgem no mercado. Um dos exemplos mais interessantes é o NostrPix, uma ferramenta que permite realizar pagamentos via PIX usando Bitcoin, conectando as duas tecnologias de forma inovadora.
O futuro dos pagamentos está sendo moldado agora — e o Bitcoin pode ser o protagonista dessa nova era.