O mercado de criptomoedas inicia a semana com dinâmicas contrastantes entre os principais ativos digitais. Enquanto Bitcoin e Ethereum enfrentam dificuldades técnicas para romper zonas de resistência, a Solana rouba a cena com uma valorização expressiva. Já a análise fundamentalista mostra um cenário positivo para o bitcoin em horizontes maiores.
Análise técnica sobre o preço do bitcoin
Segundo a analista Ana Mattos da Ripio, o Bitcoin continua preso em uma faixa de lateralização, operando entre US$ 106.400 e US$ 108.750 desde 25 de junho. O ativo encontra-se em um ponto sensível do gráfico técnico.
“O preço da principal criptomoeda do mercado está em uma zona de indecisão, pois está testando uma forte resistência. Mas, apesar disso, o preço não recuou”, explica a analista.

Ela aponta que, caso o mercado ganhe força compradora e rompa o teto da consolidação, os próximos alvos estão nas regiões de US$ 109.300 e US$ 111.230. Por outro lado, se o suporte ceder, o BTC poderá buscar patamares mais baixos:
“Os suportes de curto e médio prazo estão nas faixas de US$ 105.500 e US$ 94.700”, complementa a analista.
Fundamentos para uma alta ainda maior do BTC?
Se as chances são boas para o bitcoin no curto prazo, no longo prazo o caminho parece limpo e claro. É o que diz o analista Ecoinometrics em seu último relatório:
“As tensões geopolíticas estão diminuindo. O sentimento de risco está mudando. Os fluxos de ETFs estão se mantendo estáveis. E as correlações entre Bitcoin e ações estão começando a atuar como um vento favorável em vez de um obstáculo.“
Compondo a isso os investidores não temem por outra alta de juros nos Estados Unidos e acreditam (20% de chance) em uma queda nos juros, sgundo o Fed Watch – o que seria positivo para o preço do bitcoin na análise fundamentalista.
E o Ethereum e Solana?
O Ethereum vinha em trajetória de recuperação desde 22 de junho, acumulando alta de 20%, mas esbarrou em uma resistência importante nos US$ 2.520. Segundo Ana, a falta de força compradora suficiente tem mantido o ativo preso em um range de topo.
“No último domingo (29), o ativo testou novamente a resistência acima citada, mas sem força compradora suficiente para superá-la, criando então um range de topo entre US$ 2.385 e US$ 2.520”, afirma.
O cenário técnico sugere que uma quebra para cima poderia levar o ETH até os US$ 2.630 e US$ 2.777, enquanto uma quebra para baixo aponta para suportes em US$ 2.250 e US$ 1.860.
O grande destaque da análise vai para a Solana (SOL), que teve uma valorização de 22% entre os dias 22 e 29 de junho, passando de US$ 126 para uma máxima de US$ 154. As próximas resistências estão em US$ 156 e US$ 164, enquanto os suportes se posicionam em US$ 142 e US$ 133.
Conclusão
Em suma, o mercado de criptomoedas parece animado com as condições de curto prazo e também as de médio e longo. E de acordo com a análise, a próxima grande alta do BTC pode testar os 109 mil dólares.