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Stablecoins emitem mais $2,553 bi e batem recorde – Brasil é destaque

Real Digitalizado

As stablecoins acabam de bater um novo recorde de emissão, com um crescimento de US$ 2,553 bilhões em circulação, elevando o market cap total para impressionantes US$ 249,98 bilhões, de acordo com dados do DeFi Llama. A movimentação sinaliza não apenas um aumento da confiança nesse tipo de criptoativo, mas também uma transformação estrutural no uso de criptomoedas no mundo — e, principalmente, no Brasil.

Explosão no uso global: transações disparam

Nos últimos 30 dias, as stablecoins movimentaram um volume de US$ 4 trilhões, com 1 bilhão de transações realizadas — um crescimento de 54,22% no número de transações em comparação ao mês anterior, segundo a plataforma Artemis. Já são mais de 34,4 milhões de carteiras únicas com saldo em stablecoins, um dado que revela não só adoção em massa, mas também a penetração global desse tipo de ativo.

O que são stablecoins?

Gráfico com total marketcap de stablecoins

Stablecoins são criptoativos pareadas com ativos de valor estável, como o dólar americano ou o real brasileiro. Elas foram criadas para unir a velocidade e a descentralização dos criptoativos com a estabilidade de moedas fiduciárias. Entre as mais conhecidas estão:

  • USDT (Tether) – atrelada ao dólar americano;
  • USDC (USD Coin) – também pareada ao dólar;
  • DAI – stablecoin descentralizada;
  • BRZ – vinculada ao real brasileiro.

A força das stablecoins no Brasil

No Brasil, o crescimento das stablecoins é ainda mais expressivo. Dados da Receita Federal apontam que, desde 2019, o uso desses ativos digitais registra crescimento vertiginoso. A Tether (USDT), por exemplo, movimentou mais de R$ 271 bilhões no país, quase o dobro do volume do Bitcoin, que ficou em R$ 151 bilhões.

Segundo o próprio Banco Central, as stablecoins já são mais negociadas que o Bitcoin entre brasileiros. Isso tem gerado discussões dentro da autoridade monetária, que cogita regular, tributar ou até mesmo proibir a posse de stablecoins em carteiras de autocustódia (carteiras privadas e descentralizadas). A motivação principal seria a dificuldade de controle e a possibilidade de evasão fiscal.

Por que stablecoins estão dominando?

O domínio das stablecoins nas transações cripto não é coincidência. Há alguns fatores por trás dessa ascensão:

  • 1. Proteção contra volatilidade: ao contrário do Bitcoin e de outras criptos, as stablecoins têm seu valor fixo, o que as torna ideais para transferências e armazenamento.
  • 2. Facilidade para remessas e pagamentos internacionais, especialmente em países com moedas instáveis.
  • 3 . Acesso à economia dolarizada, mesmo em regiões com controles cambiais rígidos.

Além disso, as stablecoin abrem possibilidades nunca antes vistas. Por meio do mercado de finanças descentralizadas, é possível pedir empréstimos, fazer empréstimos, dar liquidez e participar de um novo sistema financeiro sem bancos.

Rumo a um futuro tokenizado?

O avanço das stablecoins levanta uma pergunta fundamental: estamos vendo o início da tokenização de moedas fiduciárias e do declínio do uso cotidiano de criptoativos voláteis como o Bitcoin? Ou apenas o começo da substituição das moedas estatais por algo mais privado?