Deflagrada nesta quinta-feira (27), a Operação Libertatis 2 da Polícia Federal desarticulou uma quadrilha que cometia crimes de lavagem de dinheiro com cripto. A ação teve um total de 21 mandatos de prisão preventiva, em diferentes estados do Brasil. Mais de 350 milhões de reais foram apreendidos dos suspeitos, incluindo diferentes criptoativos.
Mais detalhes dos crimes de lavagem de dinheiro com cripto
Para não atrapalhar o curso das investigações, a Polícia Federal não deu mais detalhes da operação. No entanto, a quadrilha atuava com um guarda-chuva de diferentes crimes, incluindo contrabando, extorsão e coação a comerciantes para venda de produtos ilegais.
Além disso, há provas contundentes de que os criminosos usavam mão de obra de pessoas em trabalho análogo a escravidão. Além disso, a quadrilha também atuava com tráfico de pessoas, e usava criptomoedas para o crime de lavagem de dinheiro.
No momento, as autoridades estão investigando a extensão dos crimes. A ação ocorreu principalmente nos estados de Rio de Janeiro e Espírito Santo. Ela segue o mesmo escopo de ações da Polícia Federal da Operação Libertus II e Operação Libertas, focadas em tráfico e abuso humano. Estas ocorreram em estados como Mato Grosso, Minas Gerais e Santa Catarina.
Outros detalhes importantes sobre a ação
Até o momento, a operação contra a quadrilha que cometia crimes de lavagem de dinheiro com cripto culminou na prisão de 12 indivíduos. Além das criptomoedas, também foram bloqueados carros e imóveis de luxo nos dois estados principais da ação.
A investigação a respeito da ação da quadrilha ocorria desde 2023. Em fevereiro daquele ano, autoridades resgataram 19 trabalhadores paraguaios que estavam em condições análogas a escravidão. Eles atuavam em uma fábrica clandestinas de cigarros na baixada fluminense, no Rio de Janeiro. A partir de então, o trabalho da PF culminou na desarticulação da quadrilha.
Quanto a presença de crimes de lavagem de dinheiro com cripto, a prática ganha cada vez mais força no Brasil. Este é um dos principais motivos que rege as discussões para regularizar o criptomercado do país. Em março deste ano, o Ministério da Justiça e Segurança Pública já declarou a intenção de incluir criptomoedas na legislação sobre lavagem de dinheiro.
Paralelamente a este fato, recentemente agentes da Receita Federal declararam em um podcast que a entidade estuda fiscalizar carteiras digitais em aeroportos. A medida se direcionaria a indivíduos que apontassem alguma suspeita de crimes ou fraudes com o uso de criptoativos.