O “EIKE”, token para financiar o projeto da “super cana” pode ver a apresentar irregularidades na criptomoeda de Eike Batista. De acordo com informações obtidas pelo Crypto Times, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) começou a investigar o criptoativo. A suspeita é de que haja problemas de oferta irregular de cripto com características de valor mobiliário.
Quais as possíveis irregularidades na criptomoeda de Eike Batista?
Até o momento, a CVM não comentou a respeito de que irregularidades o token EIKE pode ter. Mas, em resposta ao Crypto Times, a entidade afirmou que está o analisando. Isso significa que, caso constate algo fora dos parâmetros legais, a autarquia pode abrir uma investigação formal.
Vale lembrar que o criptoativo começou a circular ainda em 2023. No entanto, ao que tudo indica a CVM começou a analisa-lo apenas recentemente. A autarquia não confirmou se o token está irregular de alguma forma. Mas, ao que tudo indica, ela está analisando uma possível ligação dele com o mercado mobiliário.
A CVM considera essa prática ilegal, já que bens de valor mobiliário precisam ter a devida regulamentação do mercado de capitais. Mas criptomoedas, até o momento, não tem nenhuma regularização desse tipo aqui no Brasil. Por isso, elas não podem atrelar seu valor a esses ativos.
Mais detalhes do token “EIKE”
Independentemente de irregularidades na criptomoeda de Eike Batista, seu token já está em circulação há mais de um ano. Este ativo digital é emitido pela rede Solana (SOL) e tem um modelo de distribuição específico. Assim sendo, 79% de sua oferta total está com os criadores e stakeholders do projeto.
Os outros 21% são divididos da seguinte forma: 10% para o mercado, 10% para recompra e expansão do criptoativo e 1% para garantir liquidez inicial. Todo esse processo envolve o projeto chamado “super cana”, idealizado há anos por Eike Batista. Esta é uma variedade geneticamente modificada da cana-de-açúcar, que promete gerar 3 vezes mais produção de etanol por hectare e 12 vezes mais biomassa.
Investidores detentores do token tem acesso ao crescimento da BRXe, empresa associada ao projeto. Eles terão direito ao repartimento de receitas a partir de 2028, ano em que a companhia prevê a geração de lucro com a produção da supercana.
No entanto, dependendo do que a CVM constatar com relação possíveis irregularidades na criptomoeda, esses planos podem mudar. Assim, é preciso seguir acompanhando todos os desdobramentos desse caso para saber o que irá acontecer.