Um relatório recente divulgado pela Chainalysis revelou que, em 2024, crimes com criptoativos superaram o total de 40 bilhões de dólares. Os países mais afetados por esse tipo de ação incluem os EUA, Japão, Coreia do Norte e China. O Brasil também apresentou crescimento desse tipo de problema, inclusive com o uso de cripto por parte de facções criminosas.
Os crimes com criptoativos em âmbito global
Intitulado Crypto Crime Report 2025, o relatório trouxe alguns dados preocupantes em relação ao aumento de crimes com criptomoedas. Os principais problemas nesse sentido é a ação de grupos hackers, esquemas de pirâmides e ataques a grandes exchanges.
Os quatro países que lideram o ranking de criminalidade envolvendo o criptomercado são Coreia do Norte, EUA, Rússia e China. Juntas, as ações criminosas nestes países somaram quase 6,3 bilhões de dólares. O restante do valor que a Chainalysis apontou no relatório está espalhado entre diversas nações ao redor do globo.
De acordo com os dados do documento, há quatro principais golpes responsáveis pelo roubo de cripto. Eles envolvem phishing, hackamento de plataformas, vazamento de chaves privadas e lavagem de dinheiro. Nesse sentido, o estudo chama a atenção para a organização cada vez maior de ações de roubo de criptoativos de vítimas em todo mundo.
Brasil também apresenta um quadro preocupante
Com relação aos crimes com criptoativos, o Brasil é o principal centro desse tipo de ação na América Latina. Nesse sentido, um dos destaques mais preocupantes são os indícios de uso de cripto por parte de facções criminosas. De acordo com investigações, grupos como o PCC tem feito parte de suas ações ilícitas com diferentes tipos de ativos digitais.
Um dos motivos para isso é justamente o fato de o país ser o sexto do mundo em termos de adoção de ativos digitais. E mesmo sem números específicos da Chainalysis sobre os crimes com cripto no Brasil em 2024, as perspectivas são pessimistas.
Dados divulgados pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) no final de 2024 indicaram que os crimes envolvendo criptomoedas aumentaram 17% com relação a 2023. No ano passado, esse tipo de ação criminosa movimentou cerca de 10,1 bilhões em cripto.
Com isso em mente, entidades e órgãos governamentais tentam dar celeridade ao processo de regularização de cripto no Brasil. A esperança é que, uma vez que isso aconteça, a quantidade de crimes com ativos digitais diminua no país e ele seja uma referência global para combatê-los.